sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sirvam Nossa Façanhas de Modelo a Toda Terra


Muito me intriga esta questão do tradicionalismo, e estas programações criadas para festejar o fim de uma guerra cívica que só matou inocentes e ainda enriqueceu os bolsos dos grandes proprietários de terra da fronteira gaúcha.

Por vezes me ponho a pensar se a história disseminada em livros escolar é totalmente real, se o ideal de liberdade, igualdade e fraternidade empregado na bandeira do Rio Grande era realmente o significado de toda a guerra, ou se os altos impostos do charque gaúcho e a busca incessante por lucros foi o que realmente moveu a batalha já findada á muitos anos.

Talvez as duas hipóteses sejam corretas, sem tanta certeza disso, acredito que o exército farroupilha sim lutava por liberdade, mas seus comandantes tinham outra visão de toda aquela batalha sangrenta, que manchou de sangue os campos sulinos.

Foram dez anos de uma intensa guerra cívica, é hoje reverenciamos todos esses fatos. Não posso negar são façanhas de idéias, mas a que ideais se lutavam realmente? Uma pergunta que deixo no ar nesta semana que antecede o 20 de setembro e que este ano tem como tema “Os farroupilhas e suas Façanhas”.

Quero deixar claro que não sou contra os festejos, mas sim a que se festeja. O desfile é uma tradição que com certeza merece ser preservada, assim como os costumes culturais de nosso povo. Estou certa de que os farroupilhas deixaram na história do Rio Grande do Sul muitas façanhas, mas não de guerra e sim façanhas culturais. Como nossos costumes e vicitudes ainda preservados.

Por isso defendo que devemos nos orgulhas de nossas raízes, como o lugar onde nascemos e constituímos valores. Assim a semana farroupilha, os CTGs e Piquetes estarão promovendo à formação cultural de um povo cada vez mais ligado as raízes nativas propiciando o desenvolvimento de nossa terra.

Não devemos preservar a história de uma guerra, de morte e de horrores. Devemos preservar o nativo que aqui nasceu, os lugares que nos rodeiam, as lendas que foram criadas ao longo dos tempos, e ainda toda esta indumentária que forma e compõem o verdadeiro gaúcho, homem do sul que defende e honra a terra onde nasceste.

Para que só assim “Nossas Façanhas, sirvam de modelo a toda terra”.

Um comentário:

  1. Interessante sua crônica. Mas eu acredito que o fato de comemorarmos a revolução farroupilha, não está ligado a guerra e ao descontrole naquela época. Vem exatamente para cultuar nossas tradições e reverenciar grandes personagens da história que arriscaram suas vidas em nome de uma bandeira, em nome de uma terra. Eu acredito sim, que existam pessoas que escolhem este caminho. Não só na revoloução farroupilha, mas outras missões que vemos por aí. Abração e parabéns´pelo blogger!

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